Ontem do nada acabei por ver Panico 4. Confesso que até então nunca tinha dado a devida importância a franquia, mesmo porque na época em que o primeiro filme foi lançado (em 96 eu tinha 8 anos) , não era tão viciado no gênero terror como o sou hoje. Peguei então pra ver a trilogia original e me diverti muito com o que eu preconceituosamente pensava ser um caça-niquel barato. Toda a meta-linguagem mais o humor negro presente nos três longas tornaram Pânico uma divertida experiência cinematográfica para mim.
Mesmo preparado para a Parte 4, o novo Pânico não estava na minha lista de prioridades neste mês, que contou com o bomVIPs, o bleh Sucker Punch e o divertido Rio. Uma série de incidentes me fizeram estar na sala 5 do Esplanada Shopping na noite de ontem e eu acabei por assistir o melhor filme do mês até agora.
Se a definição suprema do cinema é entretenimento, Panico 4 cumpre com louvor e inteligência seu papel. Sem dúvida o mais divertido e sangrento da franquia, com direção do sempre excelente Wes Craven (criador da série) e roteiro de Kevin Willianson, o novo Pânico já me pegou na primeira cena (ou melhor, primeiras cenas) numa das melhores aberturas da história do cinema de Terror, simplesmente genial!
Durante todo o filme, os personagens criticam os rumos do cinema atual, com suas infinitas sequencias, prequels e reboots . Consciente de todos os clichês e erros da industria, Wes e Kevin apontam e desconstroem o gênero, com muita elegância e bom humor, caracteristica presente em toda a trilogia e potencializada agora em seu quarto capitulo.
Entre sustos e risos, Panico 4 é o que toda sequência deveria ser: uma evolução dos filmes anteriores, sem nunca foder o original.
Nota 9/10